Apresentado como um tema social e familiar, o aleitamento materno também entra na pauta das empresas amplificando o debate sobre a temática durante o “Agosto Dourado”. Nas organizações compreende acolhimento com estrutura de espaço e período liberado para funcionárias lactantes amamentar, garantido por lei, como no reforço das ações de conscientização da campanha que incentiva o ato em benefício da saúde da mulher e do bebê.
Numa parceria entre a diretoria departamental de Infraestrutura em Saúde da CIC Caxias e Círculo Saúde, reflita o tema no conteúdo abaixo, produzido especialmente para este espaço.
Agosto Dourado – aleitamento materno
É orientado pelo Ministério da Saúde que os bebês sejam amamentados exclusivamente com leite materno até que completem seis meses de vida, pois conforme a Organização Mundial da Saúde (2003) o leite materno é o alimento ideal para o crescimento e desenvolvimento saudável. Apresenta influências positivas no desenvolvimento emocional do bebê, pela íntima interação mãe-bebê capaz de desenvolver um apego seguro com a figura materna. Dessa forma, destaca-se a importância do cuidado com a mãe que, comumente, nutre ao longo da gestação, idealizações ou fantasias em relação à amamentação e que necessita de acompanhamento, orientação e suporte nesse momento.
Pausas no ambiente de trabalho
Em relação ao retorno ao trabalho, é garantido à mulher, por lei, o direito de dois descansos de 30 minutos cada um para amamentar. As mães que não puderem se beneficiar dessas pausas, poderão negociar com o empregador em acumular esses dois períodos e chegar uma hora depois ou sair uma hora antes da sua jornada de trabalho habitual. Além dos intervalos previstos em lei, a mãe pode utilizar a sala de apoio à amamentação para retirar e armazenar o leite para ser ofertado ao seu filho posteriormente. Esta sala possibilita que a mulher consiga prolongar a amamentação, beneficiando a dupla mãe-bebê e a empresa, pois crianças amamentadas com leite materno adoecem menos, contribuindo na redução de absenteísmos. Ações como essa proporcionam para as funcionárias lactantes conforto e humanização nesse período importante e delicado que envolve a maternidade, lactação e o retorno ao trabalho. Com isso, as funcionárias lactantes sentem-se acolhidas, respeitadas pela empresa e pelas pessoas, refletindo positivamente no engajamento e senso de pertencimento dessas funcionárias. Dessa forma, ao expressar o apoio e incentivo às funcionárias lactantes, a empresa reforça o seu compromisso social e ganha com menos rotatividade e absenteísmo.
Orientações personalizadas
Com relação às mulheres que passam pela experiência de parto na instituição, o cuidado está centrado no atendimento voltado a individualidade e necessidade de cada mulher, dando o suporte que ela precisa desde a sua chegada até a alta hospitalar. Quanto à amamentação, o incentivo se inicia no momento do parto e é ofertado todo o auxílio e orientação necessárias na recuperação pós-parto e maternidade. Reforçamos a prática do contato pele a pele mãe-bebê imediatamente ao nascimento, estreitando laços, fortalecendo vínculos e consequentemente a amamentação, sempre que possível promovendo a “golden hour”. Na instituição é ofertado bimestralmente o curso de gestantes, com vaga para 10 casais, onde a equipe multiprofissional aborda amplamente e auxilia nas dúvidas relacionadas a amamentação, parto, cuidados pós-parto e todo suporte ao recém-nascido. Neste curso além de abordagem teórica, há também atividade prática para o preparo dos casais para a maternidade.
No mês de agosto, em simbologia ao “Agosto Dourado”, foram confeccionados chaveiros representando uma mama que são entregues como estímulo ao aleitamento materno. Em conjunto são reforçadas as orientações referentes a pega e posição do bebê, cuidados com as mamas e auxílio nas dúvidas em relação ao tema.
Natália Bonesi – Psicóloga – CRP 07/38030 e Sandie Lauren Kahl Mueller – Enfermeira – Coren/RS 398163
Círculo Saúde
Fonte: Anton, M.C. & Diehl, J. P. (2011). Fatores emocionais associados ao aleitamento materno exclusivo e sua interrupção precoce: um estudo qualitativo. World Health Organization. (2003). Global strategy for infant and young child feeding. Geneva, Suíça: World Health Organization.