Artigo | Gabriela Schwan Poltronieri*
Caxias do Sul é a segunda maior cidade do Rio Grande do Sul em população, com mais de 463 mil habitantes, ficando somente atrás de Porto Alegre. A região, feita pela garra dos imigrantes italianos, junto com tantos outros que se somam, não tornou-se grande apenas pela sorte.
Entrelaçou uma das culturas mais antigas do mundo civilizado, da viticultura e da vinificação, às inovações tecnológicas do século 20, resultando na geração substancial de riqueza. O que pode ser visto ao compararmos a renda per capita de Caxias com a média nacional brasileira: Caxias ostenta uma renda per capita 8% maior do restante do País.
Quando o foco se volta para algo intangível, como a vocação de uma comunidade, a soma dos desejos de seus protagonistas determinam o futuro. Então, considerando a grandiosidade emergente de uma região outrora inóspita e de difícil acesso, é seguro afirmar que a vocação de Caxias é “ser grande”.
Ser grande significa fazer grandes negócios. A partir dessa constatação, a “cidade” precisa pensar em “ser grande em quê?” e “como ser grande?”. Para o empreendedor, o que importa é ser grande em seu segmento de mercado e, para os habitantes, ser grande em ganhos, tanto financeiros como de qualidade de vida.
Já que Caxias se destaca significativamente – hoje em vários setores do mercado – mas a partir da vitivinicultura e indústria metalmecânica, é crucial que ela manifeste sua grandiosidade ao comunicar suas virtudes. E esse feito é concretizado de forma bienal por meio da celebração da Festa da Uva, destacando a produção da uva, e na Mercopar, considerada a melhor feira de negócios do estado e uma das melhores do Brasil, destacando a tecnologia metalmecânica.
Ser grande em tudo é estar dentro das tendências, aproveitando dois dos mais instigantes desafios que se impõe à humanidade atualmente: a gestão do tempo livre e a busca de conhecimento.
É preciso mergulhar no turismo, criando um parque temático da uva, investindo na criação de mais feiras, acelerando as melhorias do aeroporto (há muito tempo prometido) e preparando as pessoas para pensar em hospitalidade e jornada de experiência. Como resultado, a cidade continuará no topo, será “grande” e criará uma infinidade de riquezas para sua gente.
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